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MUSEU DE SALSELAS




Situado na aldeia de Salselas, concelho de Macedo de Cavaleiros, o Museu Rural de Salselas (MRS), um dos mais jovens museus do Nordeste Transmontano, abriu ao público em Agosto do ano 2000.

Único espaço museológico do concelho de Macedo de Cavaleiros e tutelado pela Junta de Freguesia de Salselas, o museu é uma criação de Jaime António Gonçalves, um emigrante em terras de França que mobilizou a comunidade emigrante da freguesia e a população local para a preservação de um património que corria o risco de desaparecer.
Reunidos esforços e vontades, a ideia, que nasceu em 1976, acabou por ser concretizada, tendo a população participado activamente no projecto, desde o seu empenho na construção do edifício até à doação do espólio que hoje exibe este espaço museológico rural, fazendo dele um projecto que assenta verdadeiramente no ?espírito comunitário?.
Situado no 1º piso do edifício, construído de raiz, que alberga também a sede da junta de freguesia, os 180 m2 de área destinados ao espaço de exposição permanente albergam já uma vasta colecção de objectos etnográficos. Muito do espólio permanece mesmo em casa dos seus proprietários, uma vez que o espaço já não permite a sua exposição.
Marcada por uma considerável colecção de objectos, testemunhos da forte relação entre o homem e a terra, esta exposição permanente encontra-se distribuída por dezoito secções temáticas, agrupadas em dois universos: o Universo do Homem e o Universo da Sociedade Rural.
O primeiro, constituído por doze das dezoito secções, reúne objectos que permitem ao visitante uma viagem pelas ancestrais técnicas de produção da terra, em ciclos como o do pão, do vinho, do azeite, ou do linho. Uma pequena visita por alguns ofícios como o do alfaiate, o sapateiro, a cesteira, o barbeiro, o ferreiro ou o caldeireiro. Entre outros, a visita passa ainda pela religiosidade transmontana.
O segundo, que recebe as restantes seis secções do museu, é uma espécie de visita pela casa transmontana, onde são recriadas a zona da lareira, da cozinha e do quarto. Em destaque está também a recriação do? Cabanal do Lavrador? A maior das dezoito secções, onde o tradicional carro de bois se encontra rodeado de inúmeras alfaias agrícolas.
A colecção tem ainda em exposição outras curiosidades como a peça escultórica? O Lavrador? do escultor francês Kim Prisu, construída a partir de restos de alfaias agrícolas e um painel com o nome daqueles que contribuíram para que este museu fosse uma realidade.
Aos visitantes, o museu disponibiliza para além da exposição permanente, visitas guiadas, venda de artesanato, exposições temporárias e outras actividades recreativas e culturais.
Ligados ao museu encontra-se também um forno de cal, fornos de telha, um moinho de água e vários espaços arqueológicos como o? Cabeço da Anta? e o ?Cabeço do Calvário?, ainda em fase de recuperação por parte de arqueólogos.

F. Jorge da Costa


Comentários

Anónimo disse…
Kim Prisu é mesmo um grande artista, tive a ocasião de ver a obra dele na galeria de Arte Christophe, na avenida Matignon, e dês de ai vou seguindo o seus passos, seja simplesmente pela Internet, vejo nele um grande potencial para ser um dos nossos grande consagrado dos próximos anos, eu já adquiri duas obras do tempo onde ele diz que faz arte Vidéomatik, e um desses dias vou ver se posso alcançar uma da suas esculturas, é que fazem bem o contrasto, entre as suas duas partes de vida, o campo onde ele nasceu e o meio urbano onde evoluiu, ele é um pouco a imagem do nosso pais, o campo que ainda se encontra numa vivência de evolução do século passado, e a parte urbana, a cidade que quer ir mais depressa possível… se um dia passo por ai no vosso museu gostaria de ver esse lavrador, é que possuem ai mesmo uma grande obra de referencia a nossa memória colectiva… Manuel Tavares Martins
Anónimo disse…
já viram a nova escultura do mestre Kim Prisu
Anónimo disse…
Passei no Pinhal Novo e vi lá uma escultura do artista... isso é que é escultura de artista plástico, não de arquitecto como se contempla em Portugal.

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